quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Duas Dúzias D'anos

Pois é, passo o ano inteiro com a mesma idade...
O que eu mais gosto no final de cada ano é o retrospecto que se faz nos noticiários e assim. No Belogue a EL faz (ou tenta, pelo menos) o seu.
Este ano (re)aprendi:
- que o meu sobrinho é sempre a minha prioridade, o centro da minha vida e todos os dias as suas descobertas são as minhas alegrias - a titi ama-te muito Tommy;

- que o cheiro, a cor, o céu, a serra, o brilho, a visão do Soito não perdeu o encanto;

- que Lisboa é, das cidades que conheço, a mais bonita do mundo;

- que Londres tem magia e um magnetismo que ainda puxa por mim;

- que é tão bom ter amigos e fazer novos amigos, um muito obrigado!;

- que adoro conduzir e que é verdade que as mulheres, no geral, conduzem mal e os velhos todos conduzem muito mal;

- que "dar saúde" nos faz ficar doentes;

- que quero e vou ser tradutora;

- que é renovador descobrir novos sítios todos os dias;

- a ter mais paciência;

- a chorar menos;

- que é fixe que a roupa e calçado de criança nos sirvam;

- que a radar é a melhor rádio do país;

- a vontade de ser diferente às vezes me torna indiferente;

- que sei muito, mas quero saber muito, muito, muito mais!;

- que gosto de piano e harpa;

- que já há muito que não vejo nevar, assim a olhar para o céu quando a neve cai;

- que já não sei se gosto mais de neve ou de praia;

- que Pedro Paixão corre um sério risco de se tornar no meu escritor preferido;

- que o acordo ortográfico entra em desacordo com a minha devoção pela gramática;

- que ser simpática com toda a gente (menos com uma pessoa - sua...), faz com que sejam igualmente ou irremediavelmente cordiais connosco e receber esse feedback positivo se torna viciante;

- que não me apaixonei por nenhuma série este ano (será porque não me dediquei a seguir nenhuma?);

- que consigo passar uma tarde inteira na FNAC;

- que Muse ao vivo é de cortar a respiração;

- que a música é tão indispensável como o ar que respiro;

- que continuo a ter medo do escuro e a não gostar de gelado de morango;

- que continuo a ir ao Colombo pelo menos uma vez por semana e o que mais gosto é sentir o cheiro a waffles;

- que, felizmente, tive mais momentos bons do que maus, mas os maus foram pesados;

- que ainda não me decidi quanto a desistir de sexo ou chocolate para o resto da vida (posso ficar com os dois, posso?);

- que afinal ainda me consigo apaixonar ( e várias vezes pela mesma pessoa =);

- que sempre e nunca são só duas palavras idiotas que se perdem ditas e/ou escritas em promessas;

- que é difícil escrever tudo o que se sente num ano, em 15 minutos.

Um beijinho a todos os visitantes que passaram pelo Belogue em 2008 e a todos os que hão-de passar em 2009.

Gostava que deixásseis os vossos desejos para 2009.

Eu quero o que toda a gente quer: Sexo, Dinheiro e Poder. Vá pode ser só dinheiro, muito dinheiro, o resto vem logo a seguir.

A sério, uma palavra ou um silêncio, tanto me faz, desde que me ajude a viver as minhas dúzias de anos com um sorriso porque logo a seguir vem o quarto de século!

E já agora... PARABÉNS TRACEY! MINHA FATITI =)

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Uma playlist sobre 2008 pensamentos

The Killers - Spaceman
Coldplay - Lovers in Japan
Vampire Weekend - A punk
The Last Shadow Puppets - My Mistakes Were Made For You
Franz Ferdinand - Ulysses
MGMT - Kids
Os Pontos Negros - Magnífico Material Inútil
Midnight Jaggernauts - Into the Galaxy
Portishead - Machine Gun
Kings of Leon - Use Somebody
Anthony and the Johnsons - Another World
Rita Redshoes - Choose Love

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Onde tenho andado?

Aqui, raramente saio daqui...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Eu sou um "Cântico Negro"


"Alma Labirinto"

Houve um SENHOR que viveu e morreu até, antes de eu nascer, ainda assim, fez a minha biografia, fez-me nascer em letras, num dos poemas mais bonitos que já li, com tanto de bonito como de negro.

Mas eu sou assim, ainda que haja quem pense que não tenho princípios, engana-se. Eu rejo-me todos os dias pelo Princípio da Incerteza. Não sei que quero, não sei quem quero, não sei para onde hei-de ir, como hei-de ir, não quero lembrar o passado agora, nem imaginar o futuro e o presente nem existe, só se descreve o antes e o depois, é um limite tangencial ao agora que vai para mais ou para menos infinito, não é nada.

Ai passado, já passaste, vivi-te?, ai futuro, porque és tão incerto, porque és como eu? Não quero escolher, escolhe tu! Não sou (in)feliz, contento-me com pouco, mas quero sempre mais do que posso ter. Estou bem, até quando estou muito mal, só não estou bem, quando não estou em mim. Não me entendes? Então lê-me:

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!


José Régio

Alta-cultura

Descobri que ter internet no telemóvel nos ajuda a fazer um brilharete nas aulas de teoria (porque, como já disse, qual é o curso que não tem uma cadeira chamada teoria de?, o quê?, o teu não tem? Então desculpa, mas não é um curso às direitas...).

A professora fez uma pergunta e fez-se aquele silêncio, não de total ignorância, mas arriscar uma resposta naquela aula é arriscar a vida!

E nisto para generalizar o pânico ela diz "temos 45 minutos para descobrirem a resposta". Lá fui eu googlar "cultural studies" e tentar procurar algo que pudesse ser a valiosa resposta.

Mandei um psicanálise para o ar, não me fulminou, respondeu só que a disciplina em questão tinha surgido bem depois dos anos 20, lá para os 60.

Disse baixinho a segunda hipótese, baseada na pista, depois aumentei o volume e à terceira ouviu-me, mas nem conseguiu discriminar de onde tinha saído. Disse em tom de alívio "até que enfim". E lá me espremeu mais umas respostas, mas tudo acabou bem.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

RE(gina)SPEKT(or)


Tem 28 anos.

Nasceu na antiga União Soviética.

Os pais hesitaram em emigrar para os EUA por causa da sua dedicação ao piano.

Diz que já compôs mais de 700 músicas!

Tenho pena de só a ter descoberto agora (no dueto que faz com Ben Folds em You Don't Know Me), uma vez que ela começou a dar cartas em 2001 e atingiu o sucesso em 2003, quando lançou Soviet Kitsch.

É uma menina às direitas.

Uma que eu gosto muito, um cover de Real Love, um original de John Lennon. Magia nas mãos e na voz dela, não é?



"All my little plans and schemes
Lost like some forgotten dream
Seems like all i really was doing
Was waiting for you

Just like little girls and boys
Playing with their little toys
Seems like all they really were doing
Was waiting for you

Don't need to be alone
No need to be alone

It's real love
It's real, yes it's real love
It's real

From this moment on i know
Exactly where my life will go
Seems that all i really was doing
Was waiting for love

Don't need to be afraid
No need to be afraid

It's real love
It's real, yes it's real love
It's real

Thought i'd been in love before,
But in my heart i wanted more
Seems like all i really was doing
Was waiting for you

Don't need to be alone
No need to be alone

It's real love
Yes it's real, yes it's real love
It's real, yes it's real love..."

Antecipar a consoada

Eu vou à consoada Florcaveira nanana...

sábado, 13 de dezembro de 2008

Pedro (com) Paixão

Tantos corações onde gosto de me perder e depois encontrar-me e ficar perdida dentro de mim. Tenho uma multidão de corações, sem emoções, sem medos. Não quero um morrer de pulsações. Não quero uma multidão, quero um coração. A multidão perde-me, um coração salva-me. Não vês? Não vês que os corações também se gastam?

"Hoje ganhei eu"

Qual é a sensação de entrar na FNAC para ouvir alguma coisa de Anthony and the Johnsons enquanto se espera que os amigos cheguem para ir ao cinema e se dá de caras com O bruno Nogueira (que, afinal não é assim tão alto), logo a seguir o Nuno Markl e o Nuno Lopes??
Joelhos a tremer e cara de pasmada, a sério, nem eu sabia que a minha admiração ia tão longe...
Cheirou-me logo a Contemporâneos, longe estava eu de imaginar que era o dia do lançamento do DVD. Que pontaria!
E lá fiquei eu, atrás dum senhor mais ou menos da altura do Bruno, e ia espreitando por uma brecha entre ele e a companheira.
E o que eu lutei para ficar ali! A minha indignação devia-se a três factores pricipalmente:
- Havia câmaras na sala o que me impediu de falar, se falasse, teria certamente desmaiado. Não sei porquê, mas eu reajo assim, principalmente se o camera for um desconhecido. Há quem tenha medo de agulhas e sangue, eu tenho medo de câmaras, pronto que se há-de fazer?
- As miúdas sentadas na mesa à minha frente tinham a "Empire" e tem o Wolverine na capa, que vontade de lha pedir.
- Estava uma senhora atrás de mim, constantemente a suspirar para o meu pescoço, seria de paixão por algum deles, ou estava só entediada? Felizmente, só ficou uns dez longos minutos.
Mas valeu a pena cada bafinho, porque foi delicioso do princípio ao fim.
O que eu mais gostei, sem dúvida, foi vê-los, a rirem-se do que tinham feito, deve ser gratificante pensar "ena pá, temos mesmo imensa graça". E têm.



Uma excelente prenda de Natal (o Pai Natal discorda, mas enfim, ele que vá trabalhar!).


Depois os sketches, só não gostei muito do do "Ensaio sobre a sinusite", mas a música de solidariedade para com os ricos, o Chato a Chatear (com C grande, claro) o Pai Natal, as entrevistas do Bruno, aliás as respostas das pessoas. A melhor frase foi "upa...rabanadas" lindo! E é realmente uma pena que só se vejam pequenos treichos, devem andar pérolas por aí...

O desespero do Bruno por não haver perguntas, a resposta adequadíssima à pergunta "porque não há mais mulheres?", eu diria, como mulher, que nós não temos muita graça, podemos ter sentido de humor, mas não somos tão engraçadas, na generalidade.

Adorei o agradecimento à Ana Galvão (é bonito como o Markl a põe em tudo o que faz e corou!), foi duma piada dela que a personagem do chato começou a ser criada e foi lindo ouvir o Markl a reproduzir: "ah olhem p'ra mim, sou o guionista, escrevo tão bem...". E ela é, de facto, linda.

Outra coisa que me surprendeu foi ver pessoas mais velhas, ou seja, na faixa dos quarenta e tal, cinquenta e tal, primeiro ainda pensei "são os pais deles". Mas era gente a mais. E fiquei muito feliz por perceber que os Contemporâneos são vistos (com gosto) por pessoas mais velhas e, que talvez, as notícias que os condenam à extinção não tenham assim tanto de verdade quanto isso.

Desde já o meu grande aplauso, uma vénia até, às imitações do Luís, já o tinha visto na faculdade (sim estou a maniar-me por frequentar a melhor faculdade do mundo e talvez de África) e, apesar da vontade de lhe pedir para imitar o Alberto João Jardim, nunca o tinha visto ao vivo. Para além da voz, ele capta na perfeição os gestos. Adorei!

Mas o que realmente me fascnou foi a decoração da sala, com fotografias de Ricardo Quaresma alusivas ao 15º aniversário das Produções Fictícias, vão ficar expostas por mais algum tempo, se eu percebesse de fotografia dissertaria uma boa e longa crítica, assim digo só que trasparecem emoção.
Aproveitei uma inscrição da que mais gostei para o título do artigo.

Quando eu me sento para escrever meia dúzia de coisas, porque senão esquecer-me-ia e aproveitar para absorver mais de perto o que teriam para dizer o Nuno Artur Silva diz "vamos à última pergunta", porque a seguir haveria uma sessão de autógrafos.

Para terminar, se alguém viu o programa, eu deixo a pergunta: a senhora mulata, que o Bruno entrevistou, não fala mesmo, mesmo, mas meeeeeesmo como o Bruno Aleixo?

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

MUITO BOA

Vampire weekend, influenciados pela música popular africana, um toque de country e punk e isto tudo dá um belo sorriso na cara e uma vontade incrível de dançar. Só existem desde 2006, mas os meninos de Oxford Comma têm feito muito sucesso nos USA, fazer figas para pisarem solo português em 2009.

O vídeo de A-punk dá vontade de rir, pela maneira frenética como se mexem. Quero ver quem é que consegue ouvir sem dar ao pezinho (sem acento, sim!).



A A A

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Back to MOH'BEE

Moby means impressive, immense, extreme, the largest.

That's when we feel we are so hardly troubled, and we find someone like you. I'm loving being saved, I won't leave the edge only to keep you by my side.

My soul...for the reaper!

The only thing I would like to remember is when I first saw your face. But you started by showing your heart,so big, so warm, so embracing. I couldn't help to move and live inside of it. I never needed to stare at you, because I could hear your heartbeat. It was my life's soundtrack.
I never thought I'd become homeless. The world is so small, so cold, so despising.
A year ago you said: "people only see what they want to see".
I see it now, but how could I believe it? It's the same face!, only not the same heart.



Win One For The Reaper - Lost's season 1 soundtrack

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Azar...

Azar ou má sorte ou lá o que se possa chamar é fazer centenas de quilómentros para se ir ter com a pessoa por quem se é obcecado, ter um furo, ficar sem bateria, às tantas da madrugada e esperar pela assistência de viagem debaixo dum frio glaciar, porque essa pessoa estava a dormir com outra pessoa! E ainda passar por mentiroso... Espero que nunca me aconteça nada parecido sequer. Que fado! Melhor sorte para a próxima...

Foo Fighters

Hoje apeteceu-me esta...
To me, this is undoubtly "The best of you".

http://www.youtube.com/watch?v=6DKXGpMGY_o

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Found in translation

No me siento, aunque con esos sonidos con que me confortas. No me siento bien porque haces promesas que rompes. En tu casa. Porque no partillamos nuestra soledad? Nada es tan puro ahora , como la soledad.
Es difícil hacer sentido, siento como si te sintiera atraves de una lente. Sí alguién viene, me quedo aquí, sentada a oir el tambor. Antes nunca le había llamado soledad.

Entonces llévame, llévame para aquel desierto, apaga la ignición y date la vuelta. LLeva las estrellas, yo llevaré las libélulas y cojeme de la mano. Sí me besaras... Tú ayuda es aquí, pero estoy detenida en este desierto, a las puertas del corazón, me he ganado... y no me has salvado.

Te desarmo con una sonrisa, lo que escojo es lo que es, porque años me queman. Te desarmo con una sonrisa, pero te dejo sólo como me han dejado a mí, porque los años me quemam tanto. No quiero esperarte, aún así, te dejo mi sonrisa.

Porque eres la persona que me hace sentir mucho más alta de lo que eres tu, te miro hace demasiado tiempo, que tengo en la cabeza? Nada que sobre para que se pierda. Y cuándo suena la campana és duro, tan malo, tan adentro.

Compraré esta casa y la quemaré, quédate conmigo, enquanto se desmorona, hasta que sienta todo lo que sientes, la quemaré para hacerle el mismo que te ha hecho a tí. Lucharé, si me dices una unica cosa por la que valga la pena hacerlo. Algunos lloran, otros se rien con el brillo naranja y tu te sientas ahí y me preguntas porque?!

Encuentrame en el camino, en la esquina, en la puente, quiero llorar! Encuentrame en un capullo. Llamame encuanto me pides que me vaya, que empieze como quiera continuar. Dos lados de un mismo adiós.

Y así es, como dijiste que sería, la vida me pasa de espacio, la mayoria de las veces, es así, como dijiste que tendría que ser, nos hemos olvidado.


Nota:
escrito sem recurso a dicionários de qualquer espécie (um pedido de misericórdia por qualquer erro que possa ser encontrado).

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