"A bonança era apenas beijo em pó"
Às pessoas não se dão segundas-oportunidades, essas dão-se quando se dá desamor, são
falsos bilhetes de volta quando a ida foi longe demais, são promessas de "outra vez", que por isso são promessas, ecrãs de fantasias para escondermos a verdadeira vida de chances que não se repetem, vendas dos olhos que a mentira cega. Não, não te dou! Porque sei... E eu sei, porque eu já fui uma, uma e outra vez e voltei sempre a pedir outra até que não quis mais.
É o castigo por se querer mais do que aquilo que se pode dar, é a maneira brutesca e irreversível de transformar uma pessoa num erro.
Fomos à Escócia e voltámos, loucos por ficar a sós
fomos mas nunca chegámos, a sair do meio de nós
(...)
Por desamarmos deixámos, seis amores sem ter dó
e agora que regressámos, não sei se nos sobra um só
É que havia certa esperança que podia ser só dança
Mas afinal a bonança era apenas beijo em pó
Não me leves tu a mal
Não me tentes convencer
que o que havia em Portugal não chegava para saber
Dei-te um mês da minha vida e um mês é de valor
e tu podes ser bastante querida mas não é preciso dor
para provar o desamor